Desfilando pela 67ª vez, uma das mais tradicionais escolas de samba de Antonina conta a história do Porto de Antonina através do enredo e das alegorias. Nos últimos dias de ensaio, a Escola faz os últimos ajustes antes de percorrer as ruas da cidade histórica e fazer a alegria dos foliões, contando a história de um porto de quase 160 anos, que já foi um dos mais importantes do Brasil e continua sendo a principal fonte de trabalho e geração de renda para o município. A ideia é falar sobre essa histórica, contada através do samba.

Dados: O Carnaval de Antonina é um dos mais tradicionais carnavais de rua do Estado. Na programação, que começa já na sexta-feira (28/02), tem coroação do rei e da rainha, desfile de blocos folclóricos, concurso das escandalosas e bloco de sujos, além do desfile das escolas de samba. Ao todo são cinco, que apresentam seus enredos logo no primeiro dia, às 21h. Este ano, uma das mais tradicional das escolas, a Escola de samba do Batel, tem como tema do enredo, o Porto de Antonina e sua história.

Segundo o presidente da Escola, o Porto de Antonina tem uma história, que é muito importante para o Paraná, por isso decidiram contar esta história para os turistas. O tema é “Do Teffé ao Félix|: nosso porto ontem, hoje e sempre”.

Desde o primeiro trapiche construído, em 1856, o Porto de Antonina sempre foi fundamental para o escoamento da produção paranaense. Nessa época, o principal produto do Estado era a erva-mate. Dezessete anos depois, em 1873, com a inauguração da Estrada da Graciosa e da linha férrea, que ligavam o município à capital Curitiba, o terminal portuário intensificou as atividades e chegou a ser, no início do século XX, um dos mais importantes portos do país em exportação. Até a década de 1930, foi o quarto maior porto em exportação do Brasil, ficando atrás dos Portos de Santos, Rio e Bahia. Em movimentação de erva-mate era o primeiro.

Na década de 1940, Porto de Antonina era uns dos principais portos de cabotagem no país. Com 17 atracadouros, porto recebia além dos navios nacionais, embarcações argentinas, suecas, uruguaia e chilena.Movimentou variadas cargas das quais, no final dos anos 1990, permaneceram os congelados, minérios de ferro e fertilizantes.

Localizado em um ponto estratégico do Estado, o Porto de Antonina atualmente amplia a agilidade e qualidade dos serviços do Porto de Paranaguá, principalmente no recebimento de fertilizantes. Em 2013, chegou a descarregar mais de 1,5 milhão de toneladas do produto. Além deste, o terminal também realiza algumas operações de exportação de açúcar em saca.

Administrado pela autarquia estadual Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o porto oferece dois terminais: o Barão de Teffé, que é o terminal público que, desde 2011, vem sendo revitalizado pelo Governo do Estado; e o Terminal da Ponta do Félix, privatizado através de arrendamento, no Porto de Antonina. Este dispõe de um cais com 360 m de extensão, no qual podem atracar até três navios, simultaneamente, com profundidade de dez metros e uma área de quase 264 mil metros quadrados. Ao todo, o terminal privado tem dez armazéns com capacidade estática total para mais de 86 mil toneladas. Até 2014, a Ponta do Félix pretende investir R$108 milhões na ampliação da infraestrutura de acostagem e armazenagem. Com a ampliação, a capacidade de operação do terminal será de 120 mil toneladas.

Escola – A Escola de Samba do Batel é a mais tradicional e antiga escola de Antonina. Foi fundada em 1947 e, este ano, desfilará com 650 pessoas. O desfile ocorre no domingo (02), ás 21h30, e abrirá o carnaval da cidade. Os ensaios estão ocorrendo todos os dias, às 20h30, na quadra da escola.

Este ano, é esperado um público de, em média, 50 mil pessoas por dia, em cinco dias de festa em Antonina. Os foliões vêm de todo o país e até do exterior.

PORTO

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