Appa deu início ao Plano de Comunicação com a comunidade local e à campanha prévia do monitoramento ambiental. Na próxima semana, começa monitoramento da pesca na região

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) deu início às atividades que antecedem a dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto de Antonina. A obra já está liberada pelo Ibama, mas, antes que se inicie de fato, o órgão exige a abertura de canais de comunicação com a comunidade local e o monitoramento ambiental. Ambos já estão em andamento.

 No início deste mês, junto com a equipe da DTA Engenharia – empresa contratada para a dragagem – a Appa iniciou a campanha ambiental prévia. De acordo com a oceanóloga Flávia Cristina Granato, foram coletados água, sedimentos e biota na região a ser dragada. “Os dados estão sendo analisados e tão logo tenhamos os resultados das análises, disponibilizamos para registro da Appa, órgão ambiental e comunidade”, explica.

Segundo a especialista, em continuidade ao monitoramento ambiental, na próxima semana começa o levantamento de dados referente ao desembarque da pesca. “A equipe se instala nos principais pontos de chegada do pescado, em Antonina, e levanta junto aos pescadores todas as informações sobre a atividade da pesca como quantidade, peso, valor, dificuldades e outras observações”, afirma a oceanóloga.

Comunicação – Em paralelo às ações de Meio Ambiente, a Appa e a equipe da DTA desenvolvem o Plano de Comunicação da dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto de Antonina. Na última semana, foram visitadas as comunidades da Ponta da Pita, Ilha do Teixeira, Portinho, Colônia de Pescadores Z8 e Praia dos Polacos.

 Aproximadamente 160 pessoas receberam um informativo sobre a obra que será iniciada em breve e puderam expor as principais dúvidas da comunidade sobre o processo. “Nessa etapa inicial da comunicação, nosso trabalho é mais de escutar o que a comunidade tem para nos falar sobre a dragagem e a realidade local. A principal preocupação deles é quanto à possível diminuição dos pescados e a disposição do material dragagado”, expõe a coordenadora do Plano de Comunicação, Lígia Módolo Pinto.

 Durante a reunião com a comunidade, a equipe esclareceu que os monitoramentos ambientais – prévios, durante e pós dragagem – servirão de parâmetros para verificação quanto aos pescados. Sobre o material coletado, a bióloga explicou que será depositado em aterro determinado e liberado pelo Ibama. “Até novembro, devemos retornar com mais informações para as comunidades de Antonina, principalmente quanto ao resultados das coletas ambientais e solução das demais dúvidas”, explica Lígia.

 A próxima etapa do Plano de Comunicação será o diagnóstico participativo com a comunidade. “Essa canal de comunicação aberto com a comunidade será contínuo. As lideranças comunitárias têm os nossos contatos e podem fazê-lo sempre que sentirem necessidade”, garante.

Fonte: APPA.

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