O governador Beto Richa homologou a licitação aberta pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para as obras de dragagem dos pontos críticos do Canal da Galheta, que dá acesso aos dois terminais portuários.

Nesta quarta-feira (18/04) foi assinado o contrato com a empresa DTA Engenharia, que venceu a licitação. A empresa tem até 45 dias para mobilizar o equipamento e dar início aos trabalhos, que tem duração prevista de seis meses.

Richa disse que as obras de dragagem abrem um ciclo de novos investimentos na melhoria do porto e devem ampliar a capacidade de movimentação de cargas, que no ano passado chegou a um recorde de 41 milhões de toneladas.

“A dragagem vai garantir maior capacidade de exportar riquezas e importar produtos. Em breve vamos anunciar novos investimentos para modernização dos equipamentos do porto de Paranaguá, como esteiras, ship loader e obras de ampliação”, disse Richa. “Todos os paranaenses ganham com isso”, afirmou.

O preço inicial máximo previsto para o serviço de dragagem era de R$ 45 milhões. Seis empresas apresentaram propostas e o preço final estabelecido pela vencedora teve uma redução de 20%, ficando em R$ 37 milhões.

As obras estão divididas em dois lotes e compreendem a dragagem do Canal da Galheta, partes da bacia de evolução e o acesso ao Porto de Antonina, num total de 3,5 milhões de metros cúbicos a serem dragados.

SEGURANÇA – O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que as obras irão garantir a segurança da navegação. “A dragagem vai reduzir o tempo de manobras e consequentemente aumentar as janelas de atracação. Por desdobramento, haverá aumento no volume de cargas”, afirmou Dividino.

As obras de dragagem devem ser realizadas constantemente, para conter o assoreamento diário dos canais, provocado pela ação dos elementos naturais na região, onde a movimentação das águas é intensa e promove mudanças no fundo da baía. São duas marés por dia, mais de 730 marés por ano.

“Temos os efeitos das marés de lua (Sizígias), estamos na Zona de Convergência do Atlântico Sul, temos chuvas durante mais de 180 dias por ano e convivemos com os efeitos da La Niña e El Niño. Todos estes fenômenos intensificam o assoreamento na nossa região”, explica Dividino.

Segundo ele, a determinação do governador Beto Richa é buscar soluções de continuidade capazes de assegurar as condições técnicas necessárias à segurança, navegação e desenvolvimento dos portos do Paraná.

FASES – A dragagem emergencial é a primeira de três fases do programa de manutenção dos canais de navegação dos Portos do Paraná. A segunda fase será a contratação de serviços de manutenção continuada por 60 meses, evitando assim riscos e restrições à navegação.

“Esperamos também a liberação da licença para a terceira fase, que é a dragagem de aprofundamento dos canais, de 15 para 16 metros de profundidade. A partir dela poderemos receber navios de maior porte”, diz o superintendente.

Para o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, a dragagem é um passo fundamental para a execução dos projetos de ampliação e modernização dos portos paranaenses. “Não existe porto no mundo que funcione sem dragagem. Perdemos muito tempo sem fazer isso”, afirmou Richa Filho. “O objetivo é suprir todas as necessidades dos usuários dos portos paranaenses, oferecendo plenas condições para o bom uso da infraestrutura portuária.”

O engenheiro Irani Delciste Gonçalves, diretor da DTA Engenharia, empresa que será responsável pela dragagem, disse que a obra é importante para o país e para o estado do Paraná, porque vai deixar o porto com calado apropriado. “Estamos trazendo equipamentos ultramodernos, de grande capacidade de transporte, e vamos cumprir o cronograma de obras, se possível até com antecipação”, afirmou Gonçalves.

De acordo com o executivo, a DTA é também a responsável pela maior obra do plano nacional de dragagem, que acontece no porto de Santos, onde o cronograma está bastante adiantado.

Fonte: APPA.

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